domingo, agosto 29, 2004

MELHOR DO QUE VOCÊ PENSA

Dancei. Dancei. Até ficar com dó de mim.
De minhas pernas cansadas. Da sola da bota. Da palma da mão.
Dancei. Dancei.
Rodopiei até ficar tonta, zonza, zureta.
A pista pareceu-me pequena, comparada ao tamanho do meu entusiasmo.
Poderia dançar por territórios estrangeiros. Por diferentes continentes. Mundo afora. Através do tempo. Do espaço. Da timidez e do medo alheio.
Dancei, meu bem. Dancei.
Por que me tirastes pra dançar? Tu bem sabes que eu não desisto nunca. Tu bem sabes que minha raiva se transforma em fervor. Tu bem sabes o quanto te quero. Por que me tiraste do sério? Dos eixos? Por que levou contigo toda a minha razão? Por que não me deixou ali, dançando, mesmo que imóvel?
Dancei. Ah, dancei muito.
Ora no meu ritmo, ora no teu.
Dancei.
Ah, meu bem.
Não sabes dançar?
Vem cá, vem.
Eu te ensino.

sábado, agosto 28, 2004

PASSANDO

começo a conversar comigo mesma. com as paredes. com o criado-mudo. com aquela gravação. converso com você, amor. podes me ouvir?

- minha cabeça parece querer explodir.
- minha mente está cheia.
- vazia demais.
- somos gêmeos univitelinos.
- laurita, de novo.
- ele falando bonito.
- ah, bonito mesmo.
- me responde: quer comprar?
- é um flerte fatal.
- olhos abertos.
- espanto ou satisfação?
- ela lembrou que um é pouco.
- manter-se acordada.
- pra que?
- boa noite.
- bons sonhos.

quinta-feira, agosto 26, 2004

CONTRIBUIÇÃO

porSleeper

Cedo. Muito cedo.
Talvez tarde demais.
É. Talvez.
Não que eu tenha o que fazer,
mas é bom contar com você.
Toda ajuda é de grande valia.

Não se deixe abater.
Bata de frente com as críticas.
Estufe o peito e sorria.
Nunca afaste-se do mundo.
Tenha seu próprio mundo dentro do mundo.

Certeza? Nunca temos.
Dúvidas? Hum, agora você me pegou.
Façamos um trato então:
Seja sincero. Apenas.
Já é um ótimo começo...

quarta-feira, agosto 25, 2004

PATRIMÔNIO

Um poema sem lógica.
Sem nexo ou porquê.
As palavras já não cabem em si.

Controle.
O teu amor me protege.
Mesmo morto.
Morto está.
Minha força.
Motivação.

O meu amor é meu escudo.
Fantasmas.
O mal protegendo do mal.
O bem passando longe.

Lágrimas de raiva.
Raiva?
Lágrimas?

Perdi o medo.
A dor e a raiva.
Pode bater.
Já não dói mais.
Já não sinto.

Ah... já perdemos a noção.
Ou não.
Quem perdeu fui eu.
Perdeste nada, baby.
Ou tudo.

domingo, agosto 22, 2004

SEXO, ALGEMAS E CINTA-LIGA

Preciso escrever algo decente...
Ou indecente. Quem sabe...

PLANOS PERFEITOS

- Assisti Cazuza e Eu, Robô hoje. Atrasadinha, como sempre. Ótimos.

- Suco de Clorofila pode ser bom. Tem gostinho de hortelã.

- Lima Suíça bem gelada é o que há.

- SleepBlog: estagiar é preciso.

- Almocei com o futuro prefeito da cidadela querida. Gente boa ele. Pena que mente muito.

- Encontrei uma das minhas almas gêmeas.

- É a primeira que encontro.

- Eu não acreditava nisso.

- Até ontem.

VEJA BEM, MEU BEM

Veja bem, meu bem
Sinto te informar que arranjei alguém
pra me confortar.
Este alguém está quando você sai
E eu só posso crer, pois sem você
nestes braços tais.

Veja bem, amor.
Onde está você?
Somos no papel, mas não no viver.
Viajar sem mim, me deixar assim.
Tive que arranjar alguém pra passar os dias ruins.

Enquanto isso, navegando vou sem paz.
Sem ter um porto, quase morto, sem um cais.

E eu nunca vou te esquecer amor,
Mas a solidão deixa o coração neste leva e traz.

Veja bem além destes fatos vis.
Saiba, traições são bem mais sutis.
Se eu te troquei não foi por maldade.
Amor, veja bem, arranjei alguém
chamado saudade.

domingo, agosto 15, 2004

MÚSICA DE ELEVADOR

É. Eu estou carente.
É. Eu estou chata.
É. Eu sou nerd.
É. Eu ando estressada.
É. Eu ando deveras atarefada.
É. Eu sei de tudo isso.
É. A resposta é sim.

EU QUERO SEMPRE MAIS

Eu quero sempre mais de ti
Por isso hoje estou tão triste
Porque querer está tão longe de poder
[Ira!]

Quero aquele amor. O que acaba. O que traz lágrimas. O que dói.
Quero aquele amor. Infinito, feliz e indolor.
Quero aquele amor.
Quero a certeza de estar viva, e de viver, por aquele amor.
Quero a certeza de que se aquele amor acabasse amanhã, eu sairia de cabeça erguida. Forte. Inabalável.
Quero a incerteza. Será...? Quem sabe...? E se...?
Quero a dúvida. O medo. A insegurança.
Quero a felicidade que tudo isso traz (mesmo que em doses mínimas).
Quero o sonho.
Quero o despertar.
Quero demais.
Quero poder ser eu. Quero poder vestir minhas máscaras. Quero poder viver as fantasias. E que estas não sejam as de palhaça, a menos que eu queira. Quero o sim e o não. A preguiça e o entusiasmo. A compreensão e as brigas.
Quero meu coração de volta.
Quero as pernas bambas.
A respiração pesada.
Quero seus braços, abraços, seus beijos.
Quero as lembranças. Não sei esquecer mesmo.
Quero a rotina e as surpresas.
Quero aquele amor. Não qualquer um.

sábado, agosto 14, 2004

TODO CARNAVAL TEM SEU FIM

Post direcionado. Duvido que a pessoa que merece ouvir essas palavras venha a lê-lo. Duvido que a mesma pessoa saiba ligar um computador. Duvido que esta pessoa seja uma pessoa.

- Preste bastante atenção, não quero ter que repetir: eu te odeio do fundo do meu coração. Todo e qualquer sentimento amigável que eu nutria por ti morreu hoje. E nada, nada mesmo, do que fizeres vai mudar essa situação. Quiseste me fazer de palhaça? A palhaça aqui não vai mais sorrir e nem te fazer rir. Vou palhacear por outros cantos. E você?... Que você deve fazer?... Não sei. Mas que seja bem longe de mim.

LÁ E DE VOLTA OUTRA VEZ

- As mina do trampo são viciada em Charlie Brown Jr., CPM 22, Detonautas e afins.

- Viciei em Ira! E eu pensava que pior do que tava não podia ficar.

- Meu professor de Administração Mercadológica II pensava que frutos do mar davam em árvores marinhas.

- [Professor] Qual é o posicionamento deste produto no mercado?
[Colega da tarci] Na prateleira?!

- Estou lendo o "Guia Prático: Como aprender a jogar futebol a menos de 10 horas do jogo". Muito instrutivo.

- Tentando ser mais generosa, e paciente, com quem depende de mim. Tá difícil.

- O velório é o de menos. O grande problema é ter medo e/ou acreditar em fantasmas.

- Vem ficar comigo. Sem mais demora. Vem ficar comigo. De vez... =P

sexta-feira, agosto 13, 2004

O GIRASSOL

[...]
Morro de amor e vivo por aí
Nenhum santo tem pena de mim
Sou agora um frágil cristal
Um pobre diabo que não sabe esquecer
Que não sabe esquecer
[Ira!]

O trabalho vai bem. A faculdade, melhor ainda. Acho que nunca tive tanta certeza de que é a isso mesmo que quero me dedicar: administração. É realmente fascinante, deixando de lado toda a praticidade da coisa que, por si só, também fascina. A habilitação em Marketing tem sido a menina de meus olhos. Uma menina muito da faceira, diga-se de passagem. As aulas tem sido muito proveitosas. No trabalho, uma fase de adequação: muita coisa nova, outras nem tanto.
Bom, vou-me indo. Preciso "criar" um tempo pra cuidar melhor disso aqui. Ou não.
Beijos pra todos.

domingo, agosto 08, 2004

BOUNCE

Querido diário,
Ontem, descobri, por culpa dela, que a Helen Hunt é careca...
Não tenho mais razões para viver.
Adeus, mundo cruel.
_o/

sábado, agosto 07, 2004

PREVISÍVEL

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
AAAAAAAAAAA*a mesma tecla*AAAAAAAAAAA
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

DIAS DE LUTA

Muito tempo eu levei pra entender que nada sei... que nada sei

Enquanto a ele era concedido o sono dos justos, os sonhos binários e a delicadeza do despertar, sua alma corroía-se em lamentos, as lágrimas caíam, os soluços eram reprimidos e seu sorriso era mantido, arduamente.
Não era falso o seu sorriso.
Dizia, com exatidão, quanto ela o amava. E aquele amor a fazia sofrer.
Relembrando tudo, percebia quão imaturos eram.
Percebia que ainda era. Sabia disso, não negava.
Sonhos. Projetos.
Ilusões.
Doces e encantadoras.
Mesmo assim: ilusões.
Ela não queria tudo morto entre eles.
Ela acreditava ter se dedicado.
Acreditava ter se entregado, sem restrições, a aquelas ilusões.
A um "nós" inexistente.
A um futuro que não veio.
Sono dos justos. Sonhos binários. Enquanto a ele eram concedidos os sorrisos e a alegria, a ela, naquele momento, cabiam as mais amargas lágrimas.
Lágrimas de arrependimento.

RESULTADO

Tia Lu, com o palpite do número 20, acertou e ganhou a toalha das Mina.
A escolha do número baseou-se na minha idade: 20 anos incompletos. Só.

quinta-feira, agosto 05, 2004

STAND BY

Vou ali, me acostumar novamente com a rotina trabalho-faculdade-cansaço extremo, e já volto.

segunda-feira, agosto 02, 2004

MEDÍOCRE MARIA

Era uma vez, como era em tantas outras vezes, uma moça chamada Maria.
Maria Eduarda, Cristina ou de Fátima? Não. Chamava-se Maria. Somente Maria.
Maria da Silva? Não sei. Desconheço seu sobrenome.
Uma moça, um nome.
Maria, de uma certa magia, tinha sonhos.
Anas, Paulas e Isadoras também os tinham.
Maria acreditava que seus sonhos eram especiais, afinal eram seus, e só isso bastava para que fossem os mais encantadores, fantásticos e perfeitos.
Mas seus sonhos eram simples: uma casa no campo onde se pudesse ficar do tamanho da paz, saúde, sucesso, prosperidade, amor. Colocar as crianças para dormir com um beijo na testa e acordar ao lado de quem se ama (após uma boa noite de sexo, afinal, Maria não era a Virgem Maria, tampouco santa). Reunir a família no Natal. Comemorar as bodas de prata com uma segunda lua de mel. Fazer bolinhos de chuva para os netos. Brincar de viver.
Maria tinha tristezas.
Alines, Danielas, Clarices e até Tarcilas também as tinham.
Tristezas, decepções, ressentimentos.
Os beijos tão sonhados e nunca vividos. A resposta negativa na entrevista de trabalho. Os planos destruídos de maneira cruel.
Maria foi-se embora.
Ela viveu em minha vida.
Em minha vida. Não minha vida.
Maria foi-se embora.
Levou consigo seus sonhos, suas tristezas e o calor de seus braços.
Sim. Eu a amei. Desconhecendo seu sobrenome. E a cada minuto, mais.
Me alimentei do brilho de seu olhar.
Me embriaguei com o perfume de seus cabelos.
Fui a cicatriz risonha e corrosiva.
Maria foi-se embora.
E agora, José?
Cadê o final feliz que estava aqui?
Ahn... Só um minuto.
.
.
.
Era o carteiro.
Conta do telefone. Fatura do cartão de crédito. Carta de Maria.

Pare de se torturar procurando. De nada adianta fingir. Eu sei que procuras. Te conheço muito bem. Tão certo quanto existe um "era uma vez", existirá o "e foi feliz para sempre". Trago meu final feliz comigo. Deixa-o. Confia. Eu o colocarei em seu devido lugar.
Maria