sábado, agosto 07, 2004

DIAS DE LUTA

Muito tempo eu levei pra entender que nada sei... que nada sei

Enquanto a ele era concedido o sono dos justos, os sonhos binários e a delicadeza do despertar, sua alma corroía-se em lamentos, as lágrimas caíam, os soluços eram reprimidos e seu sorriso era mantido, arduamente.
Não era falso o seu sorriso.
Dizia, com exatidão, quanto ela o amava. E aquele amor a fazia sofrer.
Relembrando tudo, percebia quão imaturos eram.
Percebia que ainda era. Sabia disso, não negava.
Sonhos. Projetos.
Ilusões.
Doces e encantadoras.
Mesmo assim: ilusões.
Ela não queria tudo morto entre eles.
Ela acreditava ter se dedicado.
Acreditava ter se entregado, sem restrições, a aquelas ilusões.
A um "nós" inexistente.
A um futuro que não veio.
Sono dos justos. Sonhos binários. Enquanto a ele eram concedidos os sorrisos e a alegria, a ela, naquele momento, cabiam as mais amargas lágrimas.
Lágrimas de arrependimento.

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