sexta-feira, fevereiro 25, 2005

Jornada

...I Don't Know Why You Say Goodbye
I say Hello...

Um enorme sorriso, um cumprimento e uma pergunta pra todos aqueles que me ignoram: "Bom dia, tudo bem com você?"


Nada disso muda o que sinto por vocês. E se essa é a intenção, desistam.

quarta-feira, fevereiro 23, 2005

Norte

Salto 10 e andar de bicicleta.

Alguém duvida?

terça-feira, fevereiro 22, 2005

Trovas de muito amor para um amado senhor

[Hilda Hilst]

Nave

Ave

Moinho

E tudo mais serei

Para que seja leve

Meu passo

Em vosso caminho.

(I)

* * *

Dizeis que tenho vaidades.

E que no vosso entender

Mulheres de pouca idade

Que não se queiram perder

É preciso que não tenham

Tantas e tais veleidades.

Senhor, se a mim me acrescento

Flores e renda, cetins,

Se solto o cabelo ao vento

É bem por vós, não por mim.

Tenho dois olhos contentes

E a boca fresca e rosada.

E a vaidade só consente

Vaidades, se desejada.

E além de vós

Não desejo nada.

(XIII)

segunda-feira, fevereiro 21, 2005

Convicção

Aqui jaz um post completamente indignado, fútil e raivoso.
Nem tudo são flores. Na bem da verdade, nada o é.

sexta-feira, fevereiro 11, 2005

Blackbird

Eu desisto. Desisto de tentar entender qualquer coisa. Me peguei pensando em ti, por esses dias... Saudade. Desisto de tentar esquecer certas coisas. Só desejo o teu bem, meu bem. Desisto da resignação, covarde e irracional. Sabia? Desisto de tentar mudar o mundo. Talvez tenha ido longe demais nessa empreitada. Esse é o procedimento, senhor. Só um momento por gentileza. Desisto da precipitação. Taxativo, como sempre. Não adianta insistir. Desisto dessas palavras. E afofo o travesseiro. Boa noite. Boa noite.

segunda-feira, fevereiro 07, 2005

Vai passar

[Francis Hime - Chico Buarque/1984]

Vai passar
Nessa avenida um samba popular
Cada paralelepípedo da velha cidade
Essa noite vai se arrepiar
Ao lembrar
Que aqui passaram sambas imortais
Que aqui sangraram pelos nossos pés
Que aqui sambaram nossos ancestrais

Num tempo
Página infeliz da nossa história
Passagem desbotada na memória
Das nossas novas gerações
Dormia
A nossa pátria mãe tão distraída
Sem perceber que era subtraída
Em tenebrosas transações

Seus filhos
Erravam cegos pelo continente
Levavam pedras feito penitentes
Erguendo estranhas catedrais
E um dia, afinal
Tinham direito a uma alegria fugaz
Uma ofegante epidemia
Que se chamava carnaval
O carnaval, o carnaval

Palmas pra ala dos barões famintos
O bloco dos napoleões retintos
E os pigmeus do bulevar
Meu Deus, vem olhar
Vem ver de perto uma cidade a cantar
A evolução da liberdade
Até o dia clarear

Ai, que vida boa, olerê
Ai, que vida boa, olará
O estandarte do sanatório geral
Vai passar