quarta-feira, junho 29, 2005

Mágica

Vai passar. Vai passar.

terça-feira, junho 28, 2005

Consciente

Será que agora eu consigo dormir?

sexta-feira, junho 24, 2005

Espelho Meu

Um dia eu vou morrer por conta dessa ansiedade que tenho de viver.

quarta-feira, junho 22, 2005

Codinome

pra que usar de tanta educação. pra destilar terceiras intenções. desperdiçando o meu mel. devagarinho, flor em flor. entre os meus inimigos, beija-flor

quinta-feira, junho 16, 2005

Psicodélica

Mesmo míope, creio que continuo vendo o que quase ninguém vê.
Pretensão. Azar ou sorte. Nem sei dizer.

Eu queria ficar contente pelos motivos mais bestas possíveis, ser corriqueira, normal, nada além do que se espera, ou talvez, nem o que se espera. E sorrir sem motivo, andar distraída, fingir que não entendi ou não entender de verdade e não me preocupar nem um pouco por isso.
Eu queria não sentir todo o peso do mundo em minhas costas.
Eu queria jogar.

Mas perdi a aposta.





Me atrevo e comento:
Adaptação irreal e exagerada. Como eu, ué!
Ando lembrando de músicas dos Titãs, ultimamente. Não que eu goste. Nem sei, também.

Ah, eu também queria ganhar flores. Vai entender...

quarta-feira, junho 15, 2005

Números

Alguns estão de passagem, simplesmente. Não dizem nada, não nos dizem respeito. Nada mais do que um número sem propósito em qualquer estatística. Cerca de 52% dos brasileiros nunca foi a um museu de arte.

Alguns até lutam, para ter vez e voz. Nos preocupam. Por pouco tempo. Cerca de 980 famílias foram expulsas de seus lares para a construção da Barragem Cana Brava.

Alguns agem. Mesmo que a batalha seja árdua. E a guerra, extremamente difícil. Cerca de 30 mil reais pagos à direitistas, no chamado mensalão.

Números.

"A gente quer inteiro e não pela metade."

sexta-feira, junho 10, 2005

Pós

Meus problemas de visão vêm se agravando nos últimos dias. Nada que um ou dois graus a mais não resolvam.

A mais remota lembrança que tenho de minha avó paterna é dela, com a visão bastante debilitada por causa do diabetes, me pedindo para colocar o fio na agulha, e terminando um vestido para minha boneca.

São poucas as lembranças.
Extremamente valiosas.

quinta-feira, junho 09, 2005

Lanchonete

Morte (ou coisa parecida) ao Cheetos X-Burguer!

Além da embalagem, nem um tantinho atraente, é ruim demais.
Serve de aviso. Ou não.

terça-feira, junho 07, 2005

quarta-feira, junho 01, 2005

Não tem explicação...

Sim. Seus olhos diziam bem mais do que queria dizer.
Oras, tímida como sempre fora, não queria que os outros percebessem quão nervosa estava.
Tremia quase que imperceptivelmente.
Era a primeira vez que estava diante dele. E ele esperava muito dela. Ansiosamente por ela. E a chamava.

Uma voz conhecida parecia querer tirá-la do transe que aquele encontro lhe causara.
Uma voz conhecida a chamava para a vida real. Inevitável. Normal.
Uma voz conhecida lhe tirara o encanto do silêncio.

Volta, meu bem. Volta. Que um dia a mais longe de ti, é mais do que posso suportar. Acorda. Acorda, por favor. Mais de mês que estás a dormir... Que sonhos podes ter?

Sim. Tais palavras diziam bem mais do que se queria dizer.
Sentimental e romântica, como sempre fora, não pode deixar de perceber a emoção nelas contida.
Não tremia. Seus sinais vitais mantinham-se estáveis, assim como durante os 39 dias passados na cama do hospital.

Uma voz conhecida.
A mesma que a chamara, que esperara ansiosamente. Que percebera o quão nervosa estava, através de seus olhos, naquele primeiro encontro, há tanto tempo.

Quis acordar, mas aos poucos percebeu já ser tarde. Gostara da idéia de poder reviver todos os bons momentos.
Voltou a dormir.
Sonhou.

E foi feliz para todo o sempre.