sexta-feira, fevereiro 20, 2004

Ô saudade! Não sei definir o tamanho da saudade que estou sentindo; não me arrisco a dimensioná-la, pois é maior do que tudo que já senti. Fico com muita pena dos outros povos, que não têm essa palavra em seus vocabulários. Viver sem "saudade" deve ser extremamente difícil. Sem "saudade", como expressaríamos essa vontade de estar perto, de fazer tudo de novo ou, melhor ainda, de fazer tudo diferente (e melhor)? Sem "saudade", seríamos escravos de um sentimento anônimo, que por vezes, nos dá ânimo, enquanto, em outros momentos, nos faz chorar. Sem "saudade", os amores não teriam sentido, e a cada aperto no coração não diríamos "ai, que saudade" e sim, "ô dorzinha chata e insistente...". Pena eu sinto de quem não tem saudade, pois, como diz Pablo Neruda, só uma pessoa quer tê-la: aquela que nunca amou. Por isso, eu gosto de ter "saudade" e de senti-la daqueles que me fazem ou me fizeram feliz... Saudades inimagináveis de todos. Beijos.

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