quinta-feira, janeiro 20, 2005

Alucinógeno

Eu vi uma lua cor-de-rosa. Eu vi rosas cor-de-rosa. Eu vi a imensidão azul sob meus pés. Vi nuvens brancas. E o céu dourado.
Vi teus olhos, e neles me perdi. Mas não sinto tua falta. Mentiria, se dissesse o contrário.
Me preocupo e me preocupo sempre. Quem dera não ser assim. Quem dera me deixar levar. Quem dera não me ater a tantos detalhes. Não percebê-los. Não sentí-los, talvez.
Quem me dera ir ao encontro do ouro do céu, e não ter medo.
Você estaria a meu lado. Está sempre. E nada temo.
Eu vi rosas e um céu dourado. E você estava comigo. E seus olhos não podiam crer no que viam. Te disse, bem baixinho, num sussurro a seus ouvidos, que tudo não passava de um sonho. A única coisa real era você. Você do meu lado. Minha realidade, meu sonho... de consumo, talvez.
Crê. Não é todo dia que se vê luas cor-de-rosa ou se sonha dessa forma. Não é todo dia que a gente se apaixona desse jeito. Não é todo dia que eu posso te dizer isso. Crê em meus sonhos. Sou suficientemente determinada para torná-los reais. Crê em mim.
Mas não te tornes incauto.
Posso te surpreender.

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