quinta-feira, março 04, 2004

EU PRESTO ATENÇÃO NO QUE ELES DIZEM... Mas eles não dizem nada. Palavras sem sentido. Silêncios vazios e avassaladores. Um medo quase palpável. Medo. Vergonha do medo. Tristeza pelo medo. Angústia no medo. Medo que corrói ideais, sonhos e objetivos. Medo que destrói uma base construída de entusiasmo, alegria e coragem. Vontade de desistir. De entregar os pontos. De jogar tudo prô alto e, ir atrás de meus sonhos, por mais que eles representem riscos que jamais me atrevi a correr. Mas esse medo, que persegue e maltrata, impede que atitudes - que nos desviem um milímetro sequer do rumo que tomaram nossas vidinhas confortáveis - sejam concretizadas. A vontade de mudar existe e sempre existirá. Mas, o medo e essa covardia, que nos é mais humana que a própria vida, nos faz mudar cada vez menos. Ele está ali, parado a porta; e aqui também, sentado a meu lado, me observando atentamente. Ele está lá fora e, ao mesmo tempo, dentro de cada um de nós. Falemos baixo, por favor. Talvez ele não perceba o que estou planejando... Se necessário, peço que, por gentileza, o distraiam. Vou ali fazer minha vida valer a pena e já volto.

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