"Os literatículos petulantes vivem em colônias: são como os bacilos que se cultivam nos laboratórios bacteriológicos, em tubos de vidro, a uma temperatura moderada e constante, num meio nutritivo próprio para a sua conservação: vivem muitíssimo bem; o seu tubinho é para eles o mundo.
Leêm entre si as poesiazinhas e laureiam-se reciprocamente com o título de poetas; vivem, prosperam, comem, engordam, divertem-se, reproduzem-se, multiplicam-se sem lançar jamais um olhar através do vidro que os abriga.
O ambiente exterior para eles não existe: no mundo de notável, só eles: e são tão infinitamente pequenos que quando um é menos infinitamente pequeno do que os outros, consideram-no um gigante e chamam-no de mestre.
Esses leucócitos da literatura tem existido em todos os tempos: há vinte anos escreviam novelas de aventuras; depois veio a moda das novelas filosóficas; difundiu-se em seguida a infecção da literatura vanguardista, com a abolição da cultura da ortografia e da sintaxe, hoje sentimos o cheiro do refluxo intestinal - o BLOG, uma espécie de diário de frustrações eletrônico."
Recebi do Sr.SchoppingHauer, pelo Orkut.
Concordei com cada palavra, infelizmente.
SchoppingHauer autorizou-me a postar aqui desde que os créditos fossem dados ao Renato Aragão e a Unicef.
Levei a sério, tá?
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário